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Ao Blush, com carinho

Posted by Larissa Araújo on 20:59

Hoje definitivamente acredito no tal ditado popular que diz que Deus escreve certo por linhas tortas. Sei que demorei a entender isso, mas finalmente eu consegui e agora sei que nada acontece por acaso e que posso ser amiga do meu destino. Quando fiz o vestibular pela primeira vez já sabendo que não ia passar e me vi sozinha numa sala de cursinho que eu odiava e praguejava todas as manhãs quando tinha que levantar cedo, enquanto meus amigos estavam todos na faculdade, me senti péssima. Já não bastasse esse quase um ano desperdiçado naquele lugar – não fosse por uma grande amizade que fiz lá -eu perdi no vestibular pela segunda vez. Naquele momento eu decidi que ia esfriar a cabeça e estudar para outra coisa, ainda bem que fiz isso, desencanei um pouco e tive um segundo semestre renovada e pronta para encarar o cursinho (dessa vez outro) e até empolgada. Novamente fiz amizades, duas pessoas que foram muito importantes pra mim nesse período. Só que novamente veio a notícia ruim e junto com ela o desespero, pela terceira vez eu perdi no vestibular. Chorei, fiquei com raiva de mim mesma e a cada dia que passava me sentia mais e mais sozinha, os meus velhos amigos ainda eram meus amigos, mas tinham suas novas vidas na faculdade, seus novos amigos. Foi então que eu decidi, sem contar a ninguém além dos meus pais, fazer o vestibular da UFRB, acho que essa foi uma das melhores decisões que já tomei na minha jovem vida. Passei e me encontrei, adoro meu curso, meus professores, minha turma e, é claro, a minha casa. A “República do Blush”, o que seria de mim se não tivesse ido parar naquele pensionato onde conheci as figurinhas que iam dividir um “apartamento” comigo? Tudo começou de maneira bem tímida, adorava a nova vida, mas pouco falava com minhas vizinhas e ainda não me sentia muito à vontade, só que a cada dia que passava uma nova resenha nos aproximava. Passou-se o primeiro semestre e então veio a intimidade de verdade, oito meninas que se identificaram apesar de todas as diferenças, quartos divididos, pias sujas, roupas emprestadas, casa bagunçada. Festas, festas e festas, dias de ócio, tardes de sono, noites em claro por trabalhos perfeitos, almoços e jantares que rendem e segredos compartilhados. Resenhas só nossas, “mural afetivo”, conselhos e gozações e até algumas briguinhas, o que seria de mim se não tivesse conhecido essas oito criaturinhas tão diferentes que chegam a ser iguais? Hoje sei que o destino me levou ao lugar certo e no momento certo, agradeço a Deus todos os dias por ter me dado esse presente, uma pena que essa família pode se “desmanchar” daqui a um tempo, posso pensar “que nada, ainda faltam três anos”. Mas três anos passam rápido, tão rápido que não se dá nem para sentir. Eu espero que quando esse dia chegar, nós possamos levar conosco todas essas lembranças boas que já aconteceram e as que estão por vir, porque já hoje estou saudosa e espero que lá na frente eu possa lembrar com um sorriso no rosto e rir de todas as nossas histórias juntas. Lembrar de cada momento compartilhado, de todas as pessoas que se agregaram ao nosso grupo e de cada item colado no nosso “mural afetivo” que provavelmente ocupará uma parede inteira. Hoje sei que as coisas só acontecem no momento certo, obrigada meu Deus por ter me dado o meu momento.

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E, no meu caso? Enfrentei 4 anos e meio numa faculdade que, além do curso, não me adequava de maneira alguma - sequer firmei amizade lá, apenas brevidades e coleguismo.

Formado, decidi tentar uma outra faculdade, cá estou na UFRB. Por sinal, faço parte de sua turma, rs.

E te digo, em pouco tempo, já me sinto definido e satisfeito, encontrei boas pessoas que quero levar pra toda vida.

Acredito naquele ditato básico: 'Tudo acontece no tempo certo', sabe. É mais ou menos por aí...

Beijo!


Ditado reformulado:

...E às vezes a gente cria O momento CERTO para TUDO acontecer.

''...Cá estou eu na UFRB.''

Beijos.


Cada momento, de minha inscrição até hoje ao ler esse texto, lembro de todas as dificuldades e de como valeu a pena estar aqui, ter paciencia é sem dúvida a maior qualidade que tenho aprendido. E ter essas meninas do blush sempre comigo, sendo alvo de piadas pejorativas de cunho preconceituoso, conhecer uma galera massa livre de conceitos formados e corações abertos é maravilhoso. Estar em Cachoeira na UFRB é fantástico e inesquecível.


Muito show quando essas coisas acontecem. Minha vidinha aqui em petró é mais pacata do que eu gostaria que fosse, mas mt coisa sem noção aconteceu p/ q eu tivesse aqui. Como vc, nem de longe queria jornalismo. Fico feliz por vc ter se encontrado, amiga... em td, principalmente nas amizades.

Bjaum e feliz natal se eu ñ falar com vc hauhuaa


Oxente, Lana. Eu sempre quis jornalismo! kkkk Desde a oitava série, que foi quando começamos a pensar o que queríamos da vida. Eu lembro que eu falava jornalismo, Vini falava direito, Mariana falava psicologia, só não lembro o que você falava kkkkk.


auhauauhahuahua
eu falava que queria ser tanta coisa q no fim ñfalava nada..
to falando desses últimos tempos
vc falava em várias coisas, mas jornalismo ñ via..
enfim..
ñ lembro mt coisa da 8.. lembro só q vc gostava de escrever

ah é ilana


Nem eu lembrava que eu falava direito, mas, de fato, minha primeira tentativa (frustrada) de vestibular foi pra direito mesmo. Acabei caindo em inglês, mas desde sempre era a disciplina que eu mais me saia bem (Rita Borges que o diga XD).

Ai, amiga, ler todo esse contentamento carinhoso no seu texto me deixa felizão. Tá certo que eu demorei ERAS pra ler, mas não importa muito. O que importa mesmo é que você tem se sentido bem aí com a tchurma do blush, tem arrasado litros e tá amando muito tudo isso. Que bom, que bom.

Te amo muito pra sempre e pamz. XD


Linda declaração, linda mesmo!

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